segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Meu bem, Meus Bens.




Tem um ditado popular que expõe que ao início de um relacionamento, os casais se tratam 'meu bem pra cá, meu bem pra lá' e quando o relacionamento termina ficam os 'bens'; aquilo que o casal acumulou em sua convivência juntos e que ora fará parte de uma disputa, amigável ou não. Pus-me a pensar.
Quando um casal separa, o que está em jogo nem sempre são só os bens materiais. Existem bens de conteúdo emocional que também fazem parte da partilha. Amizades, lembranças, colos, e todo um conjunto de vivências e memórias que de tão 'imateriais' parecem nem mesmo existir. Só ao longo de um tempo, não muito tardio, é que são percebidas essas nuances, essas delicadezas. De tão sutis, passam inicialmente despercebidas, só quando o tempo de separação avança, é que é dada a conta dessas perdas. As perdas são constituídas por tudo aquilo que não conseguimos deslocar de forma imparcial e assim resultam em objeto de dor, pois não há como 'rachar' certas coisas. 
As lembranças que habitam o imaginário do casal desfeito estarão sempre a perseguir de uma maneira ou de outra e a parte mais machucada, aquela que não concordava com a separação, sairá prejudicada. Arrastará algumas correntes até se convencer de que é necessário um novo cenário surgir, um novo amor a desenhar, uma nova história a começar.
Certamente de muitas dores é feita uma separação, porém às vezes ela é absolutamente necessária para preservarmos ou recuperarmos o que de mais nobre temos: Nossa autoestima, nossa paz, nossa crença no amor. Sim, porque nada pior para afetar a imagem que temos do amor do que um mau amor. Alguns indícios tomam conta explicitando o naufrágio do navio e é bom que percebamos logo a fim de não perdermos tempo. Os bens, materiais ou não, recuperamos. Mas esse, o 'Senhor de Todas as Coisas', não volta!

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Vocação Para Ser Feliz



Nesse mundo difícil, complicado, onde convivemos com sentimentos antagônicos, temos que desenvolver estratégias e até mesmo armaduras diante de mil obstáculos com que diariamente nos defrontamos.
E haja superação; e haja esperança; e haja perseverança! 
Não está fácil para ninguém, parece que de repente todo mundo despedaçou-se frente às dificuldades e contempla os dissabores muito mais que os prazeres.
Os resultados dependem sempre de nós. De nossa dedicação, de nosso investimento, da qualidade de nossas ações. Se só reclamamos e esperamos, nada vai alterar para melhor. Cabe à nós buscarmos o rumo de nossa história.
Quero passar pela vida 'flutuando', sem envolvimento com nada do que me atinge, ou quero fazer diferente? Tenho perfil de vítima ou de agente? Quero viver ou somente existir?
Na vida temos disponíveis antídotos para nossos males, distrações para nossas tristezas, aventuras para nossa alma! Dispomos da arte, em especial do cinema que tanto nos chama a refletir sobre a vida (a nossa própria). 
Quando 'fechamos' com um projeto de felicidade, dificilmente desviamos do caminho e esmorecemos; focamos em frente e seguimos porque temos um compromisso a ser desenvolvido, uma meta a ser alcançada. 
As pessoas que têm vocação para serem felizes, conseguem enxergar um colorido em meio ao cinza. São capazes de alcançar notas mais altas, são hábeis em encontrar o que realmente lhes interessa e desprezam totalmente o que atrasa seu caminho em direção à seus objetivos. Munidas de 'armas' emocionais, ficam naturalmente mais preparadas para superar os desafios em meio à um turbilhão de nãos e 'senãos'   existentes na vida.
Sabemos que é praticamente impossível experimentar um estado completo de felicidade, mas temos plena condição de gradualmente desenvolver um caminho para ela. Não podemos ser dependentes de circunstâncias externas favoráveis porque dificilmente elas sempre existirão. Muito pelo contrário; muitas vezes contamos com um exército do contra; pessoas que 'puxam o tapete' estarão sempre à postos para gerar instabilidade em nosso cenário. Vamos permitir ou vamos reagir  e delimitar de forma assertiva e competente nosso espaço? "Daqui para a frente, é comigo, vade retro"!