terça-feira, 1 de novembro de 2016

Sobre Coragem



Aristóteles disse que a coragem é a primeira de todas as qualidades humanas porque garante todas as outras. De coragem, assim como de amor, estamos todos (e sempre) precisados!
Eu, você e os demais, sem coragem nem levantamos da cama. Coragem não é um conceito épico, coragem é o nosso dia-a-dia, nosso 'feijão com arroz'.
Se definirmos coragem como algo grandioso, que nos arrebatará de uma condição atual desfavorável ou negativa, criamos algo muito distante de nós; ao contrário, se conseguimos identificar nossos pequenos atos cotidianos como atos de coragem, tudo ficará mais ameno e fácil!
Viver por si só já é um ato de coragem. Se percebermos que em várias de nossas ações a empreendemos, enfrentando situações que exigem determinação, conseguimos incluí-la como uma de nossas qualidades.
Apesar da preguiça que pode por vezes acometer, o medo que pode vir e se  instalar, os riscos ou perigos ocorridos, seguir em frente é um ato de coragem. Prosseguir sem se deixar levar pela desistência é um ato de coragem. Imaginar um futuro, seja imediato ou a longo prazo e levar adiante planos e projetos é um ato de coragem. Às vezes, a falta de coragem vem da recusa em se sair da zona de conforto. Ter coragem pressupõe inquietar-se com algo e assim partir para a mudança.
A coragem tem que vir de dentro, ser cultivada de forma individual, pois quase sempre existe alguém rondando para, direta ou indiretamente, tentar sabotar as pequenas iniciativas que definem a coragem nossa de cada dia. Como diz a música: "é preciso estar atento e forte!"
Para tudo na vida temos que ter coragem. Para amar, pois corremos o risco de sofrer. Para ter um filho, pois certamente sofreremos (cada um sabe a dor e a delícia que é ter filhos e todos os seus 'comemorativos'). Para trabalhar, é preciso ter coragem. Para empreender em um projeto novo, é preciso ter coragem. Mas, diante das incertezas da vida, parece que não nos sobram muitas alternativas. Ou seja, ou seguimos em frente, ou seguimos em frente!
Parar por medo? Parar porque não temos controle quanto aos possíveis resultados? Parar por preguiça? Mais vale uma pseudo coragem para nos apoiar do que uma declarada covardia.
Viver com coragem não faz de nós heróis; viver com coragem faz de nós sobreviventes. Ao sobreviver às dificuldades naturais, inerentes à vida, conseguimos impulsionar cada vez mais a coragem necessária para prosseguir e ampliar nossas conquistas, lembrando que estas devem se dar primeiramente à nível íntimo, pois de nada adianta ostentar uma aparência de bem-estar e felicidade com seu castelo interno desmoronando.