quarta-feira, 16 de agosto de 2017

O Estresse é Contagioso


Por essa você não esperava... Uma pesquisa concluiu que conviver com pessoas estressadas, só de olhá-las, faz aumentar os níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Isso é sério. Muito sério!
Para preservar a saúde, agora temos que, além de controlar os próprios estressores, nos afastar de pessoas estressadas, sob pena de 'pegarmos' o estresse destas. O termo é esse mesmo, pois o estresse está sendo considerado 'infeccioso!'
Outro detalhe a ser considerado, também apontado pelo estudo, é o de que, enquanto 26 por cento dos 'observadores' do estresse alheio, têm elevados níveis de cortisol, 40 por cento das pessoas que têm pares afetivos estressados, têm aumento desse hormônio.
É sabido que relacionamentos saudáveis promovem felicidade e que o contrário é verdadeiro, mas o dado acima assusta. Imaginem o prejuízo à saúde que absorveremos convivendo com caras-metade estressadas! Não se trata de querer que o outro mude, agora trata-se de preservar a própria saúde.
O estudo parte do princípio que teríamos 'neurônios-espelho' que teriam a capacidade de disparar quando se age ou se vê uma atividade realizada por outra pessoa e dessa forma, refletindo o comportamento de outro, e fazendo com que o observador tivesse a mesma experiência. Lembro aqui, da máxima antiga: 'diga-me com quem anda que te direi quem és.' Assim, ande com um estressado, que logo, logo, estressado também estarás...
A unanimidade aponta hoje que o bem estar, a calma, a remoção de situações estressantes, o controle de sentimentos negativos, etc, são indispensáveis para a promoção da saúde. Não se trata aqui de qualidade de vida, e sim de uma questão de sobrevivência.
Precisamos nos perguntar o que contribui para o crescimento do estresse na vida; precisamos identificar nossos movimentos psíquicos em direção a este mal tão comum hoje em dia. Se não nos observarmos, se continuarmos funcionado como máquinas automáticas, pouco ou nada avançaremos. Continuaremos abrindo portas para as mais diversas doenças sem perceber a conexão que há entre nosso funcionamento, nossas atitudes, e o aparecimento de dores físicas e condições emocionais. Continuaremos alheios à própria história. A má notícia foi dada no início desse texto: não basta a preocupação individualista consigo mesmo, há a necessidade de ampliar a observação e denunciar às pessoas do nosso entorno a influência delas em nossa saúde e em nossa vida.