Em algum momento da vida você certamente se sentirá assolado por vários desejos. Não, não serão desejos de conotação sexual. Serão desejos de vida!
O que seriam esses desejos de vida?
Desejos de vida são todas as alternativas disponíveis e também, todas as aparentemente mais impossíveis de realizar, isto é, as indisponíveis.
Lembremos que desejos, quase sempre, se contrapõem ao real. Desejos também, quase sempre, são diferentes de necessidades.
No âmbito do desejo, tudo é possível. Mesmo os mais impossíveis sonhos.
Os desejos são as forças propulsoras de nossa vida. São eles que muitas vezes determinam o nosso simples levantar todas as manhãs.
Desejos podem ter um caráter mais individual ou mais coletivo; podem envolver o eu ou o outro ou os outros. Aliás, quase sempre, o desejo do eu esbarra no desejo do outro, ou para se opor ou para se complementar e muitas vezes as dificuldades em viabilizarmos um desejo se dá justamente por essa oposição, visto que quase sempre não vivemos sós.
O que fazer quando a equação não fecha? Como gerir esse conflito? O que ou a quem privilegiar?
Em primeiro lugar, não haverá espaço para dramas ou sensibilidades exageradas: há que se ser prático. Difícil? Sim. Talvez muito! Porém em algum momento decisões terão que ser tomadas e estas, devem ser sempre no âmbito individual. Não há como abraçar as diferenças, estas devem ficar restritas a cada um isoladamente.
No fim das contas, cada um tem que se responsabilizar por suas escolhas na vida. Não adianta culpar o pai, a mãe, (ou a ausência destes), o destino, a política etc.
Ao transformar nossos desejos em determinação, além de ter que administrar as dúvidas, temos que administrar a quantidade e a diversidade destes. Aprender a priorizar, embora, em se tratando de desejos, nunca há a garantia de que estamos fazendo a escolha certa. E a escolha certa abrange muitos aspectos que vão desde o que seria mais fácil, até o que seria mais ecológico para nosso psiquismo.
Os desejos alimentam nossa existência. Eles se mesclam com sonhos e realização. Eles nos desafiam. Eles englobam o eu e os demais que fazem parte de nossa vida. Eles são concretos e abstratos. Eles nascem a todo instante. E não morrem jamais!