Todos os dias temos que fazer as nossas tarefas porém não devemos ser, na vida, simples tarefeiros. Temos que dispensar um momento de nosso dia para pensar em coisas 'mais além', em coisas macro. Com vistas a conquistar novas coisas, a fim de sair do marasmo que a rotina pode instalar.
A vida é dinâmica e por esta razão não podemos engessar. As tarefas são importantes porque de certa forma garantem o nosso hoje porém não podemos nos acomodar à elas.
Às vezes as tarefas do hoje garantem, por exemplo, a nossa subsistência então não podemos ser ingênuos e simplesmente abandoná-las.
Avaliando por outro lado, se não estamos plenamente satisfeitos, não devemos nos acomodar na adaptação, ao contrário, devemos iniciar um projeto pessoal que nos leve à mudanças. Se não estamos no emprego ideal, se prospectamos uma carreira solo, se temos projetos de vida, a realização das tarefas do dia a dia e a concentração nas mesmas, sem uma atitude diferente, nos manterá no 'mais do mesmo.'
Para conseguir alavancar esses projetos, embora não da noite para o dia, precisamos sair da esfera das simples tarefas para ir desenhando (às vezes literalmente) os planos que temos. O tempo, aquele nosso melhor amigo, passa! E não é lentamente, quando vemos foram-se semanas, meses, anos, toda uma vida!
Sair do aspecto tarefeiro impulsiona a realização de sonhos. E aí, não temos que ter nenhum preconceito quanto à palavra. Não é nada romântico não, ao contrário, é tudo muito prático e objetivo. À primeira vista pode ser um paradoxo mas não é! Compreenda-se aí sonho como algo ligado a desejos.
Hoje, onde apreciamos praticamente todo o planeta em crise, parece que fica difícil sonhar, sair da rotina, fazer planos, porém não devemos nunca perder a capacidade que temos que é a de acreditar na possibilidade de mudança. Caso contrário, murchamos, morremos.
Sair da posição de tarefeiro e se colocar na posição de arquiteto da vida, onde traçando calmamente vamos imaginando projetos e delimitando novas ações em direção a um futuro que queremos. Não é abandonar as tarefas nem deixar a megalomania dominar a cena. As duas atitudes estariam totalmente erradas. O abandono das tarefas porque em geral as mesmas estão ligadas ao hoje da vida, ao que atualmente faz nossa vida 'funcionar.' A megalomania porque corremos o risco de traçar um projeto 'fora do nosso orçamento.'
Façamos o que dá pra fazer. E sempre dá para fazer algo novo que nos leve à uma outra condição de felicidade.