segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Sem Medo De Errar



A vida nos coloca algumas vezes (ou muitas) situações onde não conseguimos imaginar o resultado de nossas ações. Quando acontece dessa maneira, o que temos que fazer? Parar, recuar, ou avançar, mesmo sem ter noção de qual será o resultado?
A imobilidade definitivamente não combina com resultados positivos, ou até mesmo, simplesmente, com resultados. Se eu paro, nada vem. Começar de alguma maneira será bem vindo. Nossa mania de tudo controlar nos tira a perspectiva de agir quando não temos indícios do que ocorrerá. Para completar, sempre achamos que não estamos prontos. Mas o que é 'estar pronto'? 
Estar pronto seria experimentar a sensação de segurança, de que 'tudo vai dar pé'? Possivelmente! Mas, fazendo uma analogia com a etimologia da frase, se entrássemos acidentalmente em um rio, e não déssemos 'pé', ficaríamos parados e nos afogaríamos, ou tentaríamos nadar e nos salvar? 
É isso! Nem sempre estar pronto é dar pé... Na vida temos que ser ousados, agentes de nossa própria história e não vítimas desprotegidas esperando condições favoráveis para agirmos, para crescermos, para nos desenvolvermos. Elas, as condições, podem nunca chegar. 
Errar, como diz o antigo ditado, é humano. É possível e talvez provável. O que não devemos é engessar diante da possibilidade de erro (que inclusive, pode nem acontecer). Encolher diante das dificuldades, esconder-se quando não há um caminho aberto. Às vezes, vamos precisar desbravar. 
Quando começamos, a tendência é nos sentirmos fortalecidos; passamos a admirar nosso 'feito'. Conseguimos alcançar novas possibilidades e assim prosseguir.
Só erra quem faz. Mas também, só acertará quem um dia ousou tentar!

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Tem Alguma Coisa Estranha...



...Quando não podemos mais contar com nossos recursos próprios para sair de certas situações...
...Quando primeiro pensamos e usamos algum artifício externo, antes de acionar o que temos à nossa disposição, guardado em nós...
...Quando acreditamos na pseudo felicidade oferecida em frascos...
Claro que o papel dos medicamentos na busca e manutenção da saúde é indiscutível. Têm seu mérito e indicação. Mas, o que dizer quando antes de qualquer ato, mesmo um diagnóstico mais cuidadoso, mais estudado, logo lança-se mão das chamadas pílulas da felicidade?
Será que não incorremos em um erro quando, antes de mais nada, submetemos e somos submetidos ao arsenal farmacêutico disponível atualmente para 'curar' desde uma corriqueira dor de cabeça (na maioria das vezes 'curável' com um simples banho ou dormida) até uma dor 'na alma', uma tristeza, um abalo que nem se configurou como depressão? Por que somos apressadinhos em assumir o papel de desprotegidos de nós mesmos e entregues ao poder curativo dos medicamentos? Será que somos tão frágeis, tão refratários à nosso próprio poder de restabelecer o equilíbrio buscado, que atua no controle de nossas emoções e blinda o aparecimento de várias doenças psicossomáticas?
Vivemos na época da urgência. Rapidez e eficiência são palavras de ordem. Ordem que destrói, que fragiliza, que faz acreditar que somos meros objetos, vítimas em nossa própria cegueira de nós mesmos. Quanto mais nos distanciamos de nosso auto-conhecimento, mais expostos ficamos ao controle de agentes externos e das próprias 'doenças' que nos acometem.
Qualquer evento nessa área, é logo 'medicalizado'. Não conseguimos conectar nossos sintomas, nossas dores, à nossa vida. Somos dominados pela lógica cartesiana que nos faz duvidar de tudo aquilo que é meramente sentido. O 'sentido' vira suspeito. 
E assim, induzidos e dominados pela urgência que temos em nos recompor, atropelamos nossa condição de reagir, de melhorar, de curar. Dominados e cegos pela pressa de voltar a pretensa 'normalidade', engolimos nossas bolinhas milagrosas, acreditando que amanhã é um outro dia e tudo será melhor.
Da próxima vez que você for assolado por alguma dor, física ou não, dê uma chance às 'evidências do que não é visto' (a frase contraditória é proposital, um exercício à interpretação e à crítica). Nossos sentidos não erram!

sábado, 7 de setembro de 2013

Consumo Exagerado


Por que consumimos muito? O que nos estimula a comprar coisas que nem precisamos e pior, nem desejamos?
Sem querer desprezar o 'bombardeamento' publicitário a que estamos expostos cotidianamente, seja na tv, parada em um semáforo, folheando uma revista, conversando com pessoas, navegando na internet e tantas outras situações que fomentam nosso desejo em ter, o consumo exagerado pode ser fonte e origem de inúmeros problemas. Primeiro porque vivemos em um planeta com recursos limitados, apesar de não querermos pensar nisso de forma a postergar essa discussão para nossos netos, quem sabe... Depois, porque muitas carências podem se esconder na fatura do cartão de crédito.
Como você gasta seu dinheiro, fruto de seu trabalho? Ele está a seu serviço, indicando-lhe escolhas agradáveis, resultando em prazer e satisfação ou lhe proporciona culpa e desespero? Você tem segurança em suas aquisições materiais, nos produtos e serviços que compra, ou está sendo teleguiada por algo o qual não tem nem percepção? Quantas coisas adquirimos sem ter utilidade e depois temos que descartar até para não ficar 'cultuando' visualmente o resultado de nosso impulso consumista?
Dinheiro não nasce em árvore; em geral ele é decorrente de esforço, de dedicação, de empenho, de tempo investido. Como tal, deveria ser mais valorizado, no sentido de nos acautelarmos em como usá-lo da melhor forma para que ele pudesse produzir riqueza...interior! Contentamento, satisfação, prazer, alegria, felicidade. Dinheiro ganho e gasto na medida certa pode ser fonte de desenvolvimento pessoal; sem trocadilho, pode agregar valor à vida! Dinheiro é mero instrumento, cabe perguntar a melhor forma que este 'instrumento' é utilizado para promover bem estar, saúde global, conforto. Sim, porque dinheiro não trás felicidade, como diz o ditado, mas produz tranquilidade e a falta dele pode produzir descontentamentos e frustrações.