terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Figurante na Própria Vida


Imaginemos a vida como um filme: tem um enredo, um roteiro, as ações, os momentos excitantes, os marasmos e tudo mais que compõe um  filme. No filme existe história, argumento, edição! Como pensar então, que, ao imaginar a vida como um filme, onde o personagem é você, possa ser entregue a um terceiro um protagonismo que deveria ser seu?
Não é difícil de acontecer, pois observo que existem pessoas que não assumem um papel de protagonistas em suas vidas; vivem na sombra de algo ou alguém, recusando-se a assumir um papel que deveria ser exclusivamente seu. Os demais, aqueles que as cercam é que deveriam ser coadjuvantes.
Figurantes não têm personalidade definida, singular; são seres definidos como 'mais um na multidão'; protagonistas são os atores principais; são aqueles que têm as rédeas da situação, as ideias e conceitos interessantes.
Vivemos muitas vezes em busca de algo que não temos muita clareza do que realmente seja; ao mesmo tempo que essa condição nos deixa perdidos, ela pode nos impulsionar para diferentes e várias ações, enquanto o discernimento completo e fechado não vem.
Nem sempre temos um propósito definido na vida. Isso necessariamente não precisa ser um problema. O  problema se estabelece quando, na falta deste propósito, nada fazemos, ficamos à espera de um milagre que altere o dia a dia, que altere a existência. Provavelmente esse milagre não ocorrerá já que somos nós mesmos que temos que partir em busca das mudanças que queremos na vida. Nunca esqueçamos: "do céu só cai chuva, e às vezes..."
Não podemos nos perder em intermináveis planejamentos. Planejamento sem ação é matéria vazia, é perda de tempo; sonhos são bem-vindos, mas viver imerso em eternas fantasias atrapalha. Da mesma forma, não é uma boa ideia levar a vida muito a sério, com um rigor excessivo; esse estado promove um nível exagerado de tensão e ansiedade e, a dificuldade em flexibilizar, acaba por diminuir nosso nível de satisfação; quando algo sai milimetricamente fora do imaginado, será o fim do mundo!
Viver é uma condição para todos os que respiram! Mas, o que seria viver na plenitude? Significa de vez em quando permitir-se arriscar; sair da zona de conforto e partir para situações e destinos desconhecidos; significa ousar, atirar-se em algo nunca visto!
O que estará por trás da dificuldade em arriscar, mudar o rumo? O medo, é claro, aquele nosso velho conhecido!
Para que, tanto medo? Sentir medo nos impede tão somente de viver, nenhuma vantagem adicional temos! Portanto, não pegue carona de ninguém; siga em frente, vá só! Enfrente, caminhe, tenha atitudes, trace objetivos, parta para algum lugar! Lembre-se por um fragmento de segundo que a vida é sua, e por esta razão você deve ser sempre personagem principal, protagonista, nunca figurante! 

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