segunda-feira, 21 de maio de 2018

O Que Se Quer



Sempre ouvimos pessoas dizerem 'não sei o que quero, mas já sei o que não quero. Isso já é o bastante!' Não é!
Há sim necessidade de identificarmos o que queremos. Sem isso, ficamos na verdade perdidos em meio a vários 'quereres' ou acomodados em meio ao 'sei o que não quero.'
Dependendo do que recebemos emocionalmente desde crianças, podemos ser mais acomodados ou mais proativos. Se, tivemos a oportunidade de crescer em condições favoráveis ao nosso desenvolvimento emocional, onde estava, por assim dizer, implantado o exercício do olhar para si mesmo, já levamos uma grande vantagem. Caso contrário, se crescemos em um ambiente empobrecido emocionalmente, onde este exercício passava longe, onde o mais importante era 'produzir' feito máquinas, como resultado ligamos no automático, muito se perdeu... E o que se perdeu nas anteriores fases nobres, desde a infância, infelizmente será de difícil recuperação. Demandará tempo e investimento pessoal. Incluirá reconhecimentos dolorosos, de que muitas vezes preferimos fugir, com o pensamento de assim estarmos nos poupando.
A vida avança muito rápido. Se não tivermos a noção do que queremos, perde-se um já curto e precioso tempo.
É espantoso e triste constatar que, em meio a todas essas questões existenciais, do ser,  ainda existem pessoas que privilegiam mais o exterior. São aquelas pessoas preocupadas com o que os outros vão pensar, o que os outros vão dizer, em relação à uma vida que não é a delas. Observe quantas pessoas lhe cercam e que funcionam assim. Quer perda de tempo  maior?
Não importa o que as pessoas pensam de nós! Ou pelo menos não deveria importar. Porém, é necessário admitir para si mesmo quando nos sentimos influenciados pela opinião dos outros, para que, em um passo seguinte, possamos superar a ideia de que 'precisamos provar algo para alguém.' Essa questão passa naturalmente, pela baixa autoestima. Quem tem uma autestima positiva, não fica jamais preocupado com o julgamento dos outros; concentra-se em si, em seus desejos, em seu caminho. Nessa situação, fica mais fácil saber o que se quer, sem confusões, sem percalços.
Não é muito fácil o exercício de identificação e reconhecimento desse funcionamento. Passa por questões ideológicas, passa por questões mais estruturais da personalidade de cada um.
Chega uma hora que temos que fazer escolhas, decidir o que importa mais na vida. Se é o que o outro (lembrando que tudo que não sou eu, é 'outro') quer, ou o que eu quero.
Sigamos! Não há tempo a perder. Nesse processo, não podemos prescindir de olhar profundamente para dentro de nós pois só assim chegaremos às nossas verdades.

Nenhum comentário:

Postar um comentário