Em certos momentos da vida achamos que estamos sem saída. É a rotina sufocante (agora dentro de casa, para alguns), são as dificuldades micro e macro que temos que enfrentar, são as dúvidas que nos assolam.
No meio de todo esse contexto, ainda contamos com o fator tempo, aquele elemento que funciona ora como nosso amigo, ora como nosso maior inimigo.
Vamos vivendo, vamos construindo relações, vínculos, bens, derrotas, vitórias, acertos e erros. Todo esse volume de elementos diversos nos conduzem a um ponto de partida para uma situação posterior.
A vida em sua dinâmica nos convida a avançar em busca de um bem estar maior. Não esqueçamos que o mais básico princípio psíquico nos afasta da dor em um primeiro momento para a posteriori nos conduzir ao prazer. Mas, o que fazer quando em meio a tantas dificuldades nos sentimos sem forças para a tão necessária ação de continuar? Como separar e entender o sujeito dividido entre o que julga querer e o que realmente deseja?
A primeira atitude vem em forma de uma negativa 'não devemos nos vitimizar' pois o papel de vítima é sempre imobilizante.
Na sequência, lembrando que não há rigor aqui, devemos avaliar as alternativas que temos e estão nesse momento ofuscadas pelas dificuldades que brilham em nosso entorno.
Com raríssimas exceções, sempre estivemos envolvidos na vida, com algum grau de dificuldade. Muitas vezes o enfrentamento destas nos habilitou sem percebermos a um novo enfrentamento futuro. Sendo assim, temos recursos para lidar com situações sem saber que eles estão lá, a postos, aguardando para serem ativados.
Contrariando o ditado que diz que a primeira impressão é a que fica, não devemos nos precipitar por essa primeira impressão do excesso de dificuldades e permitir que os obstáculos nos desencorajem ou mesmo nos paralisem. Temos o compromisso de tentar pois é sempre a nossa vida e em última instância a nossa felicidade que está em jogo!
Parece absurdo falar em felicidade em um mundo que está virado de cabeça pra baixo, onde tudo é incerto, inclusive a manutenção da vida mas nunca, jamais, devemos abrir mão desse direito que temos. É humano e legítimo correr atrás do que nos faz bem. Sempre será! Que sentido terá uma vida onde seguiremos como zumbis engessados em uma realidade que não nos alimenta?
A vida é curta, cheia de obstáculos, porém sempre valerá a pena. Não faz sentido abrir mão da capacidade de capturar o desejo de vivê-la.
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