Em frente à minha casa tem uma casa-ruína, de tão mal conservada que ela é! Meu sofá é frontal à fachada dela, onde, por uma janela, vejo, em contraste, a feiura da casa e a beleza de beija-flores que invariavelmente vêm beber a água açucarada que dispensamos a eles. Agora sentada no sofá, em um raro momento de ócio matinal de sábado (o dia mais amado, que no passado já foi um dia normal de trabalho com consultório cheio) bateu uma vontade de registar (saiu assim no corretor da terrinha), algumas sensações.
Por meu ângulo também vejo a mesa de oito lugares, que abriga mais alguns dependendo dos queridos que recebemos. Penso que não seria exagero chamá-la de mesa das risadas ou mesa da alegria. Penso, ato contínuo, que algumas coisas na vida realmente não têm preço. Têm valor! Um valor imensurável, inestimável! A reunião com os filhos amados, e agora com suas famílias que incluem duas pessoinhas lindas, um menino e uma menina, o encontro assíduo com o subnúcleo mãe, irmã, cunhado, sobrinha (que ultimamente não tem comparecido e brincamos dizendo que ela necessita de convite especial).
Nunca me preocupei com o passar do tempo. ´Apenas’ desejo usufruir de saúde física e mental, para (ainda) poder realizar coisas que me fazem feliz.