domingo, 14 de julho de 2013

Sábado Salinopolitano


Fotografia do Céu Cinza 
Hoje amanheceu jururu! (O world não marcou essa palavra, ela pertence ao dicionário informal). Algumas vezes esse panorama cinza é belo. Quando estamos em paz, conseguimos apreciar até a incoloridade. Essa ele marcou como ‘incolor idade’, o que aparentemente não faz nenhum sentido (mas eu quis grifar propositalmente para denotar o ‘sem cor’). Detalhe: Tanto ‘jururu’ quanto incoloridade (essa, mesmo sem existir) são duas verdadeiras aberrações fonéticas, muito feias mesmo!
Cedinho, dentro do carro escutei três lindas músicas cantadas pelo Chico. Cecília (esta escrita em parceria com Luiz Cláudio Ramos), Sob Medida e Aquela Mulher. Belíssimas! Totalmente diferentes de todos os sons escutados nesta cidade nas férias de julho (funk, brega, sertanejo e outras). Nada contra, dependendo do momento, mas realmente aquelas músicas do Chico, realmente estavam combinando com o que viria a seguir, a chuva!
Well, a chuva trás uma sensação de calma. Ela está delicada, quase como uma pulverização de água caindo do céu. Combina com o silêncio, com a reclusão deste dia. Buscamos o sol, o agito, a praia e nos deparamos com este cenário totalmente diferente, mas, para mim, não menos atraente. Escrever, ler, pensar, admirar, captar. Esses verbos estão podendo ser usados na impossibilidade de usar os outros. Para melhorar vai um abraço com todos daqui a pouco, quando resolverem acordar.
Dias assim nos levam a desfrutar a companhia das pessoas que estão nos circundando. E comer, e beber, e rir e depois dormir...
Outra característica atrativa da situação é o inesperado, o surpreendente, literalmente falando. “Amanhã vamos na barraca do Seu Miranda do kit para comer aquela anchova com ervas que só a Sueli sabe fazer”. Que nada! Só se for para congelar andando do lugar onde o carro pode parar até a barraca. Ou de repente, quem sabe vai rolar, com chuva mesmo? Pelo menos é diferente, inusitado; ficarão certamente as lembranças para rechear alguma conversa, em outra ocasião, para rirmos e consolidar nosso espírito aventureiro, que nos tira da mesmice e do comodismo do status das mesmas ‘figurinhas marcadas’. 
Esses momentos marcam nossas vidas. Armazenamos com carinho nas estantes da nossa alma, cada pedacinho vivido. Estes, juntos, construirão nossas melhores lembranças. Mais uma vez, a simplicidade está presente, dando o tom; mostrando e provando que, para ser feliz não precisa muito. Para ser feliz precisa somente e primeiramente existir e depois permitir-se viver. Faça chuva ou faça sol. Detalhe: Parece que o sol vai vir, mostrando também que cada momento é único e deve ser curtido em sua plenitude, até porque, de repente, tudo pode mudar.

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