quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

CNH



Apesar de meu blog ser de cunho psicológico, não me furto de escrever sobre o que desejo: Se assim fosse estaria exercitando o mais completo contra-senso, já que acho que nada na vida deve ser rigoroso.
Recomendo salvar o nº de sua CNH em local seguro. Escrito em seu livro de cabeceira, guardado em um cofre, em seu HD externo, dentro do vaso da sala etc... mas guarde! Ao perdê-la, você terá que cumprir uma verdadeira via crucis para tirar a 2ª via, caso não tenha este número! O site do DETRAN não disponibiliza o boleto para pagamento da 2ª via se você não preenche o número do CNH.
Começando o relato:
Já as 7.20 da manhã quando cheguei, uma fila enorme já estava formada no sol em frente ao DETRAN. Às 8 h., quando o porão abre e o 'Círio de Nazaré' entra naquele corre-corre, mais filas formam-se numa confusão sem fim; não há recepção para informação. Existem duas filas: Uma para informações acerca de habilitação e outra para informações acerca de veículos. Uma 'informaçãozinha' que seja, você terá que entrar nessas filas, nem que seja para ouvir que o que você quer não vai ser resolvido. Muito prático não? 
De posse da senha que me levaria ao local da espera, sentada, pude observar alguns 'fenômenos'.
Um funcionário gordinho abanava-se com papéis do trabalho, mas não era pelo fato dele ser gordinho. Sua colega magrinha ao lado, pasmem, tem um leque (aquele objeto em desuso, do séc. XVI); ela o traz de casa por saber o calor que terá que enfrentar. O clima é desértico, o ar-condicionado não funciona. O DETRAN é um órgão arrecadador e imagino que arrecade muito; sendo assim, deveria proporcionar aos seus usuários um mínimo de conforto, até porque a espera é longa. São 13 guichês de atendimento mas só 6 estavam funcionando.
Revolta ver que pessoas sem a menor preocupação furam a frente de quem entrou naquela fila enorme. Se essa é uma prática comum, então deveriam instituir alguns 'critérios para furar fila', quais sejam:
- pessoas conhecidas, ou, o amigo do amigo, do amigo, do amigo, de funcionário.
- pessoas jovens acompanhadas de seu tiozinho idoso.
- policiais militares fardados.
- oficiais da Aeronáutica.
- mulheres gordinhas, fingindo-se de grávidas.
- pessoas 'colantes'; aquelas que se aproximam devagarzinho, como se não quisessem nada e quando quem está sendo atendido levanta, sentam-se sem o menor constrangimento.
- engomadinhos de óculos escuros.
- pessoas bem vestidas portando relógio de parede no pulso.
- homens carecas que falam grosso. (Não encontrei sentido nenhum para essa 'categoria', mas presenciei).
That's all!
Em tempo: Depois de toda essa 'odisséia', fui informada que a carteira de motorista sairia 'na mesma hora'. Felicidade total, porém o 'na mesma hora' foram 'daqui a duas horas'. 


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