Foto Catacumbas de Paris. Tradução "na morte, deixamos tudo." |
Hoje cedo, dirigindo, ouvi 'Epitáfio' dos Titãs. Pensei algumas coisas que me deram vontade de escrever esse texto depois de muito tempo ausente daqui.
Parei para pensar na vida e seus desdobramentos. Como perdermos tempo em situações e com pessoas dispensáveis ou mesmo prejudiciais! Como nos importamos com 'problemas pequenos' e pessoas pequenas. Como, por conta de ingenuidade ou ignorância, dispensamos energia com o que ou com quem não merece!
A propósito da música e sua mensagem, a mesma nos leva a refletir sobre o nosso tempo, principalmente aquele que ainda nos resta.
Estamos atentos a isso ou seremos pegos de surpresa por um revés?
Analisando vi que algumas situações da música, felizmente, fiz sem moderação. Amei (e amo) muito. Nesse particular sou a favor dos excessos. Já pensou passar uma vida em branco, na palidez da solidão dos sem-amor? Mas, 'morrer de amor,' pode significar muitas coisas, boas ou péssimas. Fiquemos só com as boas pois amor não deve significar dor, jamais.
Arriscar-se pode nos levar a duas condições básicas pela própria dicotomia da vida. Acertar ou errar. Prazer ou dor. Tristeza ou alegria. Não vejo problema em errar, nunca reprima-se em fazer o que quer por medo, insegurança ou dúvidas. O caminho nos conduz muitas vezes, sem saber qual será o resultado. Ouse lançar-se e deixar estes aparecerem espontaneamente, sem pressa nem pressão.
Chorar é uma excelente descarga emocional. Nos equilibra, nos humaniza. Só não devemos chorar pelos cantos, na frente de nossos algozes, para sermos motivo de contentamento e prazer destes.
Aceitar as pessoas pode ser bem complicado. Discordo que devemos aceitar quem é moralmente ou excessivamente diferente de nós. Os opostos se atraem porém não se mantêm. Não devemos nos contentar com amizades infrutíferas, com pessoas egoístas ou com quem não consegue trocar afetivamente. Pessoas assim não merecem nossa companhia e muito menos nossa aceitação. A única coisa que estas mereceriam (aqui no condicional mesmo), seria nosso conselho: 'vá se tratar!' O tempo é nobre, escasso e voa. Nada de dispensá-lo com quem não merece.
Saber a alegria que se traz no coração chega a ser uma benção! Já pensou poder direcionar nossos desejos à realização? Otimizar nossas atitudes em favor daquilo que nos enche a alma, gozar a vida no sentido abstrato e literal, assimilando o que de melhor ela contempla? Saber o que nos dá alegria proporciona tudo isso.
Não sou muito de contemplar a natureza, a vida agitada e ocupada não me deixava escolhas porém como sempre é tempo de atualizar e vida, está aí uma mudança a implementar.
Sou avessa à complicações, acho mesmo que essas impedem o bem estar e a felicidade. Penso que a vida já nos presenteará, em algum momento, com elas, e portanto devemos tentar simplificar, e não dificultar o que pode ter uma solução mesmo que não seja imediata.
Às vezes trabalhar menos não é uma opção. Compromissos finaceiros, o custo-vida, filhos... mas em algum momento desacelerar e diminuir o ritmo será necessário nem que seja somente para preservar a saúde. E assim devemos prosseguir.
Saber a dor que se traz no coração não é para todos, infelizmente. Conhecer-se pode ser um exercício doloroso e muitos não estão dispostos a passar por isso. Preferem passar a vida na escuridão de seu próprio funcionamento, de seus desejos, de suas limitações e de seus possíveis defeitos. Se estes ficassem 'quietos,' ótimo, mas infelizmente muitos projetam sua cegueira emocional e seu descontentamento em seus próximos, nas pessoas com quem dividem a vida e até mesmo em seus queridos. Triste.
Fiz o meu exercício através da letra da música. Agora faça o seu. Pode ser uma interessante ferramenta de autoconhecimento. De todas as lições, o mais importante de tudo, é que não nos iludamos pois o acaso não irá nos proteger. Não sejamos distraídos. Ao contrário, sejamos atentos e fortes. Sempre!
Nenhum comentário:
Postar um comentário