Nome sugestivo para aqueles relacionamentos que oferecem mais dor do que prazer, que acumulam mais tristezas que alegrias, que proporcionam mais tensões do que tranquilidade.
Já temos certeza que nós, os seres humanos fomos 'projetados' para nos relacionar com uma 'cara metade'. A grande maioria de nossa espécie, ao menos uma vez na vida tem uma experiência amorosa/afetiva. Não significa dizer que é impossível viver sozinho, mas ter uma troca afetiva na vida nos proporciona um aumento de contentamento e felicidade. Pelo menos deveria ser sempre assim. Mas não é!
Por ingenuidade, baixa auto-estima, falta de cuidado, desatenção e outras milhares de razões, muitas vezes nos relacionamos com pessoas que nos trazem de um tudo, menos a calmaria de um relacionamento afetivamente qualitativo. Será possível se proteger de relacionamentos assim? Certamente, é a resposta.
Vivemos em um mundo onde as melhores qualidades são expostas de forma bastante explícita, enquanto os defeitos, aqueles que todo mortal possui, não constam em nosso cartão de visita. Isso já faz com que passemos uma imagem não tanto fiel de nossa realidade. Fora isso, que eu diria acontecer em uma esfera mais 'normal', existem pessoas que são narcisistas, controladoras e manipuladoras, inicialmente não declaradas, porém com o tempo de relacionamento essas características antes camufladas vem à tona, em geral quando já está instalado um envolvimento afetivo da 'vítima'. Sim, porque cabe a denominação. Do lado de pessoas com essas características tão negativas de personalidade, sempre há uma vítima. Como diz a música "É preciso estar atento e forte"...
Quanto à frase da música, ainda tem esse 'outro lado': A baixa auto-estima das pessoas que se deixam manipular por esses indivíduos que encontram um terreno fértil para montar sua estratégia de destruição, que é o que muitas vezes os relacionamentos tóxicos causam. Um verdadeiro esfacelamento do ego de quem passa pela situação é o resultado que ocorre. Voltar a se relacionar de forma saudável depois do abalo provocado torna-se difícil, com a pessoa desenvolvendo muitas vezes uma tendência à repetição, envolvendo-se com o mesmo tipo de pessoas. Ou, de forma oposta, a vítima pode criar uma tendência ao isolamento afetivo, desenvolvendo medos irracionais e com extrema dificuldade de confiar novamente em alguém. O estrago é sempre grande!
Relacionamentos tóxicos são destrutivos, provocam violências psicológicas importantes e na maioria das vezes, sem ajuda terapêutica, os envolvidos não mudam. É em um ambiente psicoterapêutico que tanto o manipulador, verdadeiro destruidor da felicidade alheia, quanto a vítima, sabotadora de sua própria felicidade, podem encontrar-se com seus 'eus' sem disfarce e iniciar um processo que acarrete na (re)construção de seus desejos e expectativas na esfera amorosa.