sábado, 11 de março de 2017

Simples assim.

Morava ao lado de um buffet. Um local onde quase todo fim de semana tem festas. Um local onde pessoas vão celebrar algo, onde vão desfrutar de um momento de felicidade.
Do quarto de meus filhos (o local mais próximo desse vizinho), dava para escutar o movimento dos funcionários. Estes falam, conversam, riem, discutem. Não é possível entender o que dizem, são só sons desarticulados, mas o sabor das risadas é inegável!
Fiquei observando e pensando como é saudável trabalhar em um ambiente assim! Como é maravilhoso gostar do que se faz, ou, pelo menos,  poder desfrutar de uma certa leveza no trabalho. Aquelas pessoas, em sua maioria trabalhadores humildes, sabem ser felizes; sabem valorizar o que têm, seu dia a dia, as amizades do trabalho; às vezes penso ser esta uma sabedoria e privilégio dos mais humildes. Estes, sabem descomplicar a vida; viver os momentos sem a ansiedade muitas vezes observada nos mais abastados. Empresários estressados, proprietários (sempre temporários, embora assim não se percebam) de várias posses!
Às vezes sinto que a vida só tem um sentido maior quando se consegue viver na simplicidade. A sofisticação não é ecológica. Nem para o planeta, nem para os seres! Conheço pessoas muito ricas (financeiramente), que não têm paz. Vivem presas, desconfiadas, mal amadas, irritadas, e poderia agora elencar uma série enorme de adjetivos que combinam com as mesmas. Já ouviram falar em riqueza maldita? Seria mais ou menos isso!
Quando nos deixamos levar por efemeridades e não avistamos um projeto de vida a mais longo prazo, onde o que realmente importa são as pessoas que fazem parte dela (vida), deixamos também de identificar nossos movimentos e nossas alternativas. De que nos serve, por exemplo, o acúmulo de tantas coisas? De que 'quantidade' precisamos para sermos felizes?  Junto com estes números não virão, necessariamente desgaste, problemas? Corremos tanto atrás de quê? Estamos acumulando coisas materiais e não emocionais? O que privilegiamos está na esfera do 'dentro' ou do 'fora'? São essas questões que deveríamos estar nos fazendo, enquanto a vida passa! E essa passa muito rápido, num piscar de olhos!

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