sábado, 16 de agosto de 2014

Emoções à Flor da Pele


A pele é o nosso maior órgão. Embora a maioria das pessoas veja com certa estranheza a pele como um órgão. Órgão parece ser algo localizado, inclusive com aspecto visual determinado, enquanto a pele é envolvente, nos serve de casulo, é o invólucro de todo nosso organismo.
A despeito de ser nosso maior órgão, a pele sofre influência direta das emoções; quando atingida por emoções negativas ou por estressores, pode desencadear um problema de difícil e demorada solução. A pele aparenta, apresenta, molda, expõe, irrita, coça, queima, avermelha, enfim, através dela facilmente visualiza-se a saúde emocional. Não à toa referimos: "Quando você está feliz, sua pele brilha, 'irradia' felicidade". O contrário é verdadeiro: Quando atingidos por sofrimentos psíquicos, situações emocionalmente dolorosas, a pele pode 'responder' sob diversas formas; das mais brandas às mais agressivas.
Não raramente há que se fazer uma mudança radical no estilo de vida (emocional e físico), para que se obtenha alguma mudança positiva em determinadas doenças dermatológicas. Quem nunca ouviu falar de dermatite de 'fundo' emocional, por exemplo? Embora o termo já deveria ter caído em desuso, visto que, definitivamente, seria mais útil compreender que somos um só ser, não cabendo mais essa divisão nos modelos cartesianos.
Nosso corpo 'fala' sobre o que vivemos e como vivemos. Se felizes estamos, levando a vida com uma relativa dose de satisfação, vamos seguindo adiante, sonhando e realizando, transformando expectativas em realidades. Quando 'carregamos' a vida, muitas vezes esta representada por um fardo além de nossas capacidades, abrimos portas para problemas de saúde, alteramos nosso equilíbrio. 'Mexemos' com nossa imunidade, pois não são só vírus e bactérias espalhados por aí que nos atingem. Surpreendentemente, podemos até afastar alguns deles se estivermos fortalecidos. Não é magia, é Ciência! 
O problema é que os olhos muitas vezes veem na superficialidade, como se não conseguissem conectar a realidade apreciada visualmente às abstrações que dela também fazem parte. O que vemos é muito pouco; há que se sentir! Observar o que está inerente, não apenas o que está aparente. As aparências são sempre o reflexo de algo maior e dominante; para o bem e para o mal, digamos assim.
Sempre coloquei para as pessoas que atendo: Não fique com raiva de seus sintomas; eles têm um bom objetivo; lembrá-lo de que algo não vai bem. E no caso da pele, mostrar!

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