terça-feira, 9 de abril de 2013

Só no Chat...


Nós, os seres humanos, vamos nos adaptando às modificações, às tecnologias e à tudo que nos faz pertencer à grande tribo do planeta terra.
Quem pode prescindir do celular hoje? Só se você viver numa ilha, por opção, isolado de todos, atitude que certamente combinaria com você.
Fica cada vez mais difícil ter um atendimento real hoje em dia. Fala-se com menus, com mensagens gravadas, com softwares.
Procuramos nos atualizar e suprir nossas deficiências com os instrumentos que nos são oferecidos, a fim de facilitar nossa comunicação, torná-la mais eficiente e rápida.
Nos distraímos com nossos brinquedinhos eletrônicos, substituímos contatos físicos por contatos virtuais e até relacionamentos reais por virtuais.
Como todas as grandes invenções humanas, as novas tecnologias na área da comunicação têm um objetivo nobre: Facilitar os contatos, otimizar o tempo, aproximar as pessoas, porém, nós mesmos desvirtuamos esses equipamentos e fazemos eles trabalharem à nosso desserviço. Assim, vamos nos afastando das pessoas, perdemos tempo às vezes nos distraindo com coisas inúteis, dificultamos os encontros reais, abrindo mão do toque, da presença física, do tête à tête. 
Paradoxalmente à tantas coisas boas, também nos tornamos vulneráveis às pessoas que só existem em nosso mundo virtual, as quais não conhecemos pessoalmente, não sabemos suas intenções, não desfrutamos de sua convivência.
Quem já acumulou um pouquinho de experiência, de bagagem na vida, que já viveu, viu ou passou por algumas (mais) coisas, parece ter desenvolvido uma forma natural de lidar com isso, de se proteger, de evitar que situações perigosas aconteçam, porém, às vezes até pessoas experientes caem em ciladas por pura precipitação e falta de cuidado.
Agora, depois da Carolina Dieckmann (Lei), "coloquei uma foto sua pelada na internet, é uma coisa meio maldosa mas me diverte..." da música dos Gutembergs, é crime.
À propósito, o "Só no Chat" do título, também vem da música do Seu Jorge. Pensemos: Não dá pra ser "só no chat, só na net, só na mente".

2 comentários:

  1. Tenho pensado muito sobre isso, já tem alguns meses.
    Ando estressada, cheia dessa vida virtual, comecei a achar tudo um tédio. Até mesmo as opiniões dos outros sobre tudo, vêm me irritando. Vezes por achar hipocrisia de mais e falta de conhecimento sobre o assunto opinado. Eu mesma por exemplo, ando opinando sem ter um conhecimento a fundo do assunto.

    É complicado.

    Por um lado ver as manifestações é interessante, por outro, ficamos sobrecarregados, e por vezes, acabamos adotando a opinião da massa.

    Desabafo :D

    Beijos Danyelle Aires

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  2. Penso que, como todas as demais coisas na vida, essa "vida virtual" como vc se refere, também pode se tornar um estressor, na medida em que nos deixamos absorver na quase totalidade por ela. A vida tem vários aspectos e todos precisam ser igualmente - ou quase - vivenciados. Também não somos uma ilha.
    Quanto a opinar sobre determinados assuntos, não acho grave, muito pelo contrário, já que o fato de opinar sobre alguma coisa não nos dá o imediato status de especialista. Claro que algumas opiniões não acrescentam nada. A troca de conhecimento é fundamental. Quem será o detentor do suposto saber? Todos nós, isoladamente ou em conjunto. Até a volta, bj.

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